domingo, 26 de dezembro de 2010

Senhor Poeta

O dia nascera ensolarado. As nuvens haviam ido embora devido ao empurrão de deliciosa brisa marítima, verão, pessoas indo à praia para se refrescar e renovarem as energias. Porém, sempre há quem trabalhe nessas situações, sejam os vendedores de picolé, côco e queijinho ou até mesmo o dito mundialmente como o Senhor Poeta que neste momento resolvera uma papelada para o seu novo livro.

Ao final da tarde, no início do pôr-do-sol, o Senhor Poeta, já exausto de papéis, podera finalmente sair na rua em direção à praia para renovar as suas energias gastas. No entanto, não esperava a recepção de diversos jornalistas e fotógrafos que se encontravam no local onde frequenta constantemente.

E como bons profissionais, correram desesperadamente em direção do poeta sem questionar se ele poderia ser entrevistado e fotografado, cercando-o e fazendo a seguinte pergunta:

-Senhor Poeta! Senhor Poeta! o que o Senhor acha da nova reforma ortográfica?- disse a jornalista afobadamente

- A re... O que minha filha?- disse o Senhor Poeta meio distraído e confuso com as palavras da jornalista

- A reforma ortográfica senhor... - respondeu ela com uma cara de espanto, questionando-se se o tal Senhor Poeta não sabia da reforma ortográfica.

-Ah sim! A reforma ortográfica!

-Hum... - o poeta parou e pensou por longos segundo olhando para o céu, até que parou e respondeu. - Olhe, contanto que ideia continue dando a mesma ideia que ''idéia'', pra mim, ta tudo ótimo.

Os fotógrafos e jornalistas pararam o que estavam fazendo e olharam uns aos outros sem entender o que ele havia falado. Vendo que tinha conseguido responder a pergunta o poeta pode finalmente sair em direção a praia, enquanto os jornalistas ainda olhavam para si e para o Senhor Poeta seguindo o caminho da praia em direção ao pôr-do-sol.