sábado, 19 de maio de 2012

Impossibilidades

Ao tentar erguer o mundo, fui erguido por ele
Vi o sol dando bom dia e as flores dançando sobre sua luz
Sai para descobri-lo, vi que Deus brincava de sinuca com os planetas.
Nesse momento, percebi a limitação de nossa mente.
E as impossibilidades da realidade se intensificaram  no meu cérebro,
O suficiente para pegá-lo com a minha mão e descobrir
O que acontece com ele quando pensamos.

E enquanto Deus encaçapava os planetas
 tudo tremia e enlouquecia.
O som tomava forma e os terremotos aconteciam no ar
No desespero, vi o choro do metal ao ser dobrado
e a chuva subindo de volta aos céus com medo da terra
Até o asfalto assustou-se, então saiu correndo sobre mar.

Pessoas se desesperavam mesmo sabendo que iriam viver
Porém, às vezes a morte é desejada
E o suicídio, quando bem feito, é inevitável
Já ouviram falar da expectativa da bala antes de ser disparada?
POU!

Mais uma encaçapada .
A dinâmica do jogo mudou-se mais uma vez
Os planetas espalharam-se
E pode-se ver a força se materializando
Junto ao mel que escorria dos cabelos dela.
A terra trocou de lugar com o céu,
Mas os cientistas estavam muito intrigados
Em descobrir a composição química do abraço.


E quando me falta ar, eu procuro o fogo.

E ao colocar meus fones de ouvido
Sinto o forte ritmo da música.
Me desconecto do mundo
Passo a observá-lo de longe,
E ainda que seja por um minuto,
Ele ganha sentido.